ARTIGO: A COMPREENSÃO DO PAPEL DE COORDENADOR PEDAGÓGICO ENTRE OS ATORES PARTICIPANTES DO CONTEXTO ESCOLAR


O estudo aqui descrito representa um compilado de ideias e aprendizados vivenciados no dia a dia na área da coordenação pedagógica em uma escola de educação infantil.

Autora: Dejevani Cenci – Professora de educação infantil e séries iniciais do quadro efetivo do Município de Cerro Grande – RS e do quadro emergencial do magistério da rede estadual em Novo Tiradentes – RS.

Formada nos cursos do magistério, de pedagogia e pós-graduada em psicopedagogia.

Responsável por desenvolver e programar os projetos alinhados com as diretrizes curriculares e a política educacional, a coordenação pedagógica colabora na definição da metodologia, estratégias de ensino e avaliação, visando garantir a qualidade do ensino ofertado na instituição.

Com base na legislação vigente, sua atuação abrange desde a construção e o desenvolvimento do projeto político-pedagógico até a promoção eficaz da comunicação, articulação e inovação, mediando conflitos e sendo o guardião da qualidade educacional.

Sua responsabilidade no auxilio aos professores e aos demais profissionais não somente a de criação e execução dos planos de aulas, ele também auxilia na aplicação de metodologias inovadoras, na prática sustentável e equilibrada da promoção de relacionamento interpessoal de todo o corpo docente.

Em sua rotina de tarefas diárias, deve acompanhar e intervir caso necessário, de forma ética e empática no enfrentamento das dificuldades do cotidiano escolar.

O profissional deve reunir diversos aspectos necessários para sua atuação, tais como a liderança, a comunicação, a visão estratégica, a inovação, o senso de coletividade e a humanidade.

Segundo a Lei de Diretrizes de Base – LDB, (Lei 9394/96) o profissional deve ter sua autonomia no sentido de orientar e organizar todo o trabalho pedagógico dentro da instituição de ensino auxiliando na garantia de uma gestão democrática e inclusiva.

Além deste apoio ativo, o coordenador pedagógico deve mediar conflitos, promover a melhora contínua do aprendizado visando o alcance das metas educacionais e a contribuição para o sucesso da instituição escolar.

Seguindo a dinâmica dos três pilares: De formador de opinião; articulador de relacionamentos; e transformador de ambiente; ele pode implementar uma avaliação contínua dos alunos, analisando os resultados e propondo melhorias quando da existência de dificuldades além de identificar áreas de excelência e promover sua ampliação e acesso aos demais partícipes.

Quando ao relacionamento com alunos e familiares, este deve ser humano e em especial no sentido da não transformação da prática pedagógica em consultório de terapia. Outro fator importante é não criticar o aluno para seus familiares por mais que este tenha comportamento difícil na escola. Ao invés disso, o importante é buscar o entendimento colaborativo para a resolução das situações sem causar impactos negativos.

Em uma escola de educação infantil, considerando todos os aspectos já descritos acima, este papel lhe imprime mais desafios que devem ser observados e enfrentados em sua prática.

O coordenador não pode ser um chefe, mas um líder, um articulador de ideias que harmonize estas relações, pois no que tange aos alunos, estes ainda possuem muita ligação com seus familiares o que requer atenção e cuidados.

Desta forma, no que tange o meu papel de coordenadora de escola, tenho procurado cumprir todas as atribuições do meu cargo e contribuir na formação tanto dos profissionais quanto do quadro de colaboradores e dos alunos.

Reitero que a liturgia do cargo é de constante aprendizado e o bom profissional procura aliar a sabedoria necessária com a capacidade exigida para melhor enfrentar as demandas e os desafios.

Cerro Grande, RS 14 de Junho de 2024.

Dejevani Cenci – Psicopedagoga.